Fora da Bolha
A crise no crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos tem deixado os investidores do mundo inteiro alarmados. Mercado vulnerável, investidor retraído. As principais bolsas de valores do mundo dão sinais de instabilidade e freqüentemente fecham o dia em fortes baixas, preocupando os acionistas. Preocupação também para as companhias que investem em ações para capitalizar a sua empresa.
O mercado imobiliário brasileiro encontra-se em posição privilegiada em relação ao mercado mundial, com excelentes perspectivas de crescimento nos próximos anos e isso em razão de vários fatores. O deficit habitacional brasileiro é de 7,9 milhões de moradias. Para efeito de comparação, a Espanha conta com 23 milhões de residências. Além disso, o preço médio do metro quadrado subiu pouco nos últimos anos. A inflação está sob controle há muitos anos, possibilitando o planejamento e desenvolvimento de projetos sem os sustos inflacionários. As taxas nominais de juros estão em queda, permitindo um maior e melhor financiamento.
A conjunção destes e outros fatores tem tornado o Brasil objeto de investimentos de tradicionais investidores imobiliários mundiais. Todo e qualquer investimento de médio ou grande porte tem que ser precedido de um bom estudo de mercado efetuado por empresa especializada, assim como de um bom estudo de viabilidade técnico-financeira. O mercado não perdoa mais amadores e a profissionalização de todos os setores envolvidos é cada vez maior.
A falta de transparência na extensão da atual crise no mercado de créditos, contudo, tem deixado desconfiados aqueles que querem investir em imóveis. Buscar empresas com solidez talvez seja uma alternativa para aplicar bem as economias. Independentemente do que o mundo tem passado economicamente nos últimos meses, poder contar com construtoras que realizam suas operações por meio de recursos próprios, garantindo a total entrega do recebimento do imóvel, é uma saída para os que querem ter a casa própria.
Os investidores não precisam ficar retraídos. A crise no crédito imobiliário nos Estados Unidos terá menor impacto nas empresas que não dependem de bancos nem ações para manter-se.
A questão é: como reagirá o Brasil no momento em que a economia do mundo cair em si? Mesmo sem temer pelas conseqüências da crise financeira que atinge o mercado imobiliário americano, o governo brasileiro tem a preocupação natural de um país emergente. Os US$ 160 bilhões de reservas não é motivo para estar tranqüilo.
Gil Pereira*
Matérias Revista Wimoveis
*Diretor da Emplavi Realizações Imobiliárias
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